domingo, 7 de setembro de 2008

A Descida do Sena começou!

Bonjour Brasil!

Depois de ficar 5 dias em Montpellier, participando do Congresso Mundial da Água, que, aliás, terminou muito bem, começou com muito esforço e alegria a 2ª parte da nossa viagem à França.

Após despedir do Prof. Luis Claudio, fui de Montpellier até Paris, de TGV, para encontrar os outros 4 membros da equipe que chegavam de diferentes partes para iniciar a Descida Ecológica do Rio Sena.

Primeiro me encontrei, na 6ª feira, dia 5, com a parte francesa da equipe: com Claude Le Gouill e com Tangi Le Boulanger. Os dois são originários da Bretanha, da cidade de Douarnenez, a simpática vila de pescadores de sardinha que visitamos, em 2005, com um grupo da Banda de Congo, para participar do seu festival cultural. Alô Barra do Jucu!

O restante da equipe brasileira chegou a Paris no sábado de manhã. Secundo Rezende, cinegrafista experiente e muito bem humorado, e Zanete Dadalto, fotógrafa e professora do assunto. Pronto! O grupo de cinco estava enfim reunido.

Alugamos um carro adequado para as exigências de um roteiro de cerca de 2.500 kilômetros em 10 dias de viagem, desde a nascente do Rio Sena, nas redondezas de Dijon, até o local onde o rio se lança ao mar, em Le Havre, na Normandia.

Na passagem por Dijon, onde dormimos a primeira noite, uma ida obrigatória à bela catedral construída no século XI. No dia seguinte, na ida para Saint-Germain-source-Seine, a bucólica paisagem dos campos altos e frios da Borgonha. Então, começou prá valer a Descida Ecológica com a visita ao santuário natural que abriga as nascentes do Sena. No local uma estátua à deusa Sequana, divindade latina que teria sido a origem remota do nome deste grande rio.

Mais uma vez, uma pausa para explicar o que estamos fazendo aqui, pois alguém pode pensar que se trata de uma simples viagem de passeio.

O Brasil, detentor da maior reserva de água doce do mundo, criou em 1997 uma legislação de recursos hídricos fortemente influenciada pela lei francesa de 1964. Como a experiência francesa já soma 44 anos e a brasileira apenas 11, acreditamos ser fundamental analisar o que acontece nas bacias daqui, especialmente a do Rio Sena, para orientar nossas ações no Brasil.

Estamos, neste momento, na transição entre as regiões da Borgonha e da Champagne-Ardenne. Os nomes já demonstram nossa presença no coração do lugar onde se produz alguns dos melhores vinhos e champagnes do mundo. É um dos mais nobres usos da água da bacia.

No fim do dia chegamos a Troyes, cidade de uma arquitetura incomparável. Especialmente marcante foi a visita à catedral de Saint-Pierre e Saint-Paul, que teve sua construção iniciada no século XIII. Uma verdadeira aula de história às margens do Sena.

Mais notícias amanhã.

A bientôt Brasil!

Um comentário:

Beleza Rara e Pura disse...

Que lindo! que bom que começou a Descida do Rio Sena. Estamos acompanhando daqui. Muita Sorte para vocês.
Abraços
Nancy